MAR DE ESPOSAS E AMANTES

Quando as mais lindas melodias inflamadas

Do peito nosso, se abrem em amores traídos,

O ardume do coração é exposto às amadas,

Que fazem dos sentimentos..., cacos caídos!

No mar das alvoradas, soa esse lamento,

Triste por mais uma pobre dor sem cores,

Onde o remar nesta imensidão é desalento,

Sem nunca mais eu encontrar esplendores.

Por aquelas que me entregaram dúbias paixões,

Quais a tiveram por eu abrigar muitas mulheres,

Sofro tanto ou mais que minhas próprias ilusões...

Sinto-me atracar num porto de uma ilha isolada,

Condenado sem razão por amar minhas esposas,

Ouço no vento aquela triste canção... Lembrada.

Setedados
Enviado por Setedados em 27/06/2011
Código do texto: T3060192
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