MAR DE ESPOSAS E AMANTES
Quando as mais lindas melodias inflamadas
Do peito nosso, se abrem em amores traídos,
O ardume do coração é exposto às amadas,
Que fazem dos sentimentos..., cacos caídos!
No mar das alvoradas, soa esse lamento,
Triste por mais uma pobre dor sem cores,
Onde o remar nesta imensidão é desalento,
Sem nunca mais eu encontrar esplendores.
Por aquelas que me entregaram dúbias paixões,
Quais a tiveram por eu abrigar muitas mulheres,
Sofro tanto ou mais que minhas próprias ilusões...
Sinto-me atracar num porto de uma ilha isolada,
Condenado sem razão por amar minhas esposas,
Ouço no vento aquela triste canção... Lembrada.