Soneto n.212

LÁGRIMA DE SAL
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Cantai bem suavemente a melodia
arrastando a beleza, o sentimento,
antes que o Caos (em desarmonia)
feche o portal do meu pensamento.
*
Soprai docemente a sua harmonia,
como se fora algum amoroso vento
que nascido de súbito à luz do dia,
usasse toda as forças do elemento.
*
Cerro os olhos, cerro-os e vos invoco,
sagrando-vos meu bem amado senhor,
o anjo bom e terno, que ora convoco:
*
Fogo e terra
... água e ar... um cristal...
Célere, brota em minha alma o Amor
e se extravasa em uma lágrima de sal.





Silvia Regina Costa Lima

16 de setembro de 2010



 

SILVIA REGINA COSTA LIMA
Enviado por SILVIA REGINA COSTA LIMA em 27/06/2011
Reeditado em 24/01/2022
Código do texto: T3059717
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