Amores Insanos (Dueto com a grande poetisa:Ledalge)
Ao beber da fonte da volúpia insana
Embriaguei-me nesse amor insolente
Perdi-me nos braços da sede profana
Mascarando meus vícios em sangue ardente!
Amei-te com força, com garra, com gana,
E enlouqueci-me nesse amor incoerente;
Nesse amor incontrolável (que me engana)
Jorrando prazeres amargos e quentes!
E nas asas do desejo, qual vadio
Pássaro, sedento pra morrer de amor,
Nos braços da noite penetro sem dor...
E em meu sonho sem cor me atiro ao vazio
Do Céu (“negra-morte”) do amor arredio
Cremando-me o corpo no insano calor!
Ciro Di Verbena/ Ledalge