NA JANELA

Na janela que as manhãs radiam

A luz que embrenha as veias,

Os sentimentos que pungiam

Como gostas d´aguas nas areias.

E meu estro em mim obscurecia

Do olhar fulgente da aurora

Que aureolam raios vívidos do dia

Sobre a esperança morta de outrora.

Confinado estive nesta alcova fria

Ressaqueado que da noitada ardia

A absente flava pele que me doira.

A claridade de todas as manhãs

Que me despertara dessas névoas vãs

Para que eu visse a musa ir embora.

(YEHORAM)

YEHORAM BARUCH HABIBI
Enviado por YEHORAM BARUCH HABIBI em 24/06/2011
Reeditado em 16/11/2012
Código do texto: T3055124
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