NA JANELA
Na janela que as manhãs radiam
A luz que embrenha as veias,
Os sentimentos que pungiam
Como gostas d´aguas nas areias.
E meu estro em mim obscurecia
Do olhar fulgente da aurora
Que aureolam raios vívidos do dia
Sobre a esperança morta de outrora.
Confinado estive nesta alcova fria
Ressaqueado que da noitada ardia
A absente flava pele que me doira.
A claridade de todas as manhãs
Que me despertara dessas névoas vãs
Para que eu visse a musa ir embora.
(YEHORAM)