CELESTINAS...
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Os meus olhos são noite, abandonos,
São fontes de tristezas, são penúrias,
São quais duas estrelas em meus sonos,
Mortas, tão apagadas, em lamúrias...
Meus olhos, pesarosos, pranteados,
Derramam densas lágrimas, langores,
Parecem com os prados, alagados,
Por onde semearam minhas dores...
Meus olhos, tão cingidos de amarguras,
São feitos duas luas, às escuras,
Perdidas nos jardins das celestinas....
Meus olhos, sem os teus, são desventuras,
Feitas do lacrimal das águas puras,
Aonde a minha dor é cristalina...
Aarão Filho.
São Luís-Ma, 24 de Julho de 2011.