Não se pode guardar o vôo de um pássaro de verdade

Não se pode guardar o vôo de um pássaro de verdade

Nem se conter todas as gotas da tempestade que cai

O canto, a voz que engrandece à toda alma que ali vai

Ela despencará e voará independente de nossa vontade

Não se pode prender asas, pois a vida nos deu igualdade

Veio com vento e soprou todo mal que por um corpo sai

Lavando a lama de mãos e asas, essa límpida água esvai

Ainda sinto um gosto amargo, é a mão daquela falsidade

Que me foi esfregada à boca e por um tempo me calei

Deixei que os frios ventos levassem, as asas molhassem

Que todas as firmes gaiolas inclementes me amarrassem

Por hora vi guardado o vôo, mas pedi que me libertassem

Não se pode guardar o vôo de uma ave, isso não tentei

Apenas via a chuva que caia, e andar nela não me neguei.

Lord Brainron

lordbyron
Enviado por lordbyron em 24/06/2011
Código do texto: T3054273
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