O RETORNO

 

 

Quantas lágrimas nesse pranto doído

Derramei, em desespero e amargura.

Quantas noites eu impus-me a clausura

De um sentimento assaz, enfraquecido!

 

Quantas vezes, nesse espaço dividido,

Entre a solidão e o caos que me augura,

Eu senti tua mão a minha procura,

Conquanto a tenha para sempre perdido.

 

Quanto tenho andado por novos caminhos,

Desviando-me das pedras e espinhos,

Que a própria sorte me determinou...

 

Viandante de ignorados lugares,

Vagando, sem rumo, por estranhos mares

E morrer exatamente onde eu estou!