Mulher fatal
Hoje a falsidade antecipa-me
Crer na prostituta flutuante
Quero a morte sem compromisso
Para que tudo morra num instante
Vivemos de encontros
Confrontos contrastantes
Na base insólita de conquistas
Imaginárias constantes
Desfecho universal
A vida nos dias e nas noites
Nas atitudes as concepções
Da sinceridade da mulher fatal
O homem gira na mão da fêmea
A lâmpada escurece
E o homem tem medo
Da solidão de si e desvanece
A poesia é vida e enobrece
Mas sua vida é rima
E só se torna poética quando fenece
Na boca um beijo a sorrir
O tempo não passaria sem mim
Sem me deixar despedir.