Soneto da Dor
Assisto a Dor marchando lúgubre e vil
Essa mísera e bisonha sombra escura,
E inquiro a ela porque tanta tortura?
Ela ri como bruxa sádica em seu ardil.
E a dor faz alarde com gládio hostil
Sobre a vida angustiada pela loucura
Encurtando a esperança na ventura
Do sonho na fleuma feliz e pueril
E essa madrasta brada por vitimas
Na agoniada vereda que alguns seguem
Na peçonha infernal do mal fecundo.
Penando a beira da cova nas últimas
Alguns poucos na celeuma prosseguem
Nos densos calabouços do infecundo.
Herr Doktor