Soneto da Dor

Assisto a Dor marchando lúgubre e vil

Essa mísera e bisonha sombra escura,

E inquiro a ela porque tanta tortura?

Ela ri como bruxa sádica em seu ardil.

E a dor faz alarde com gládio hostil

Sobre a vida angustiada pela loucura

Encurtando a esperança na ventura

Do sonho na fleuma feliz e pueril

E essa madrasta brada por vitimas

Na agoniada vereda que alguns seguem

Na peçonha infernal do mal fecundo.

Penando a beira da cova nas últimas

Alguns poucos na celeuma prosseguem

Nos densos calabouços do infecundo.

Herr Doktor

HERR DOKTOR
Enviado por HERR DOKTOR em 29/11/2006
Reeditado em 26/09/2008
Código do texto: T304809
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