Solstício de inverno
Distante estais, é gélida estação
Aqueço a pele em mantas grossas
Longe o tempo, foi-se meu verão
Assola frio que me vem ás costas
Acendo uma tocha, pego com a mão
Carrego a pira que chamamos nossas
Ela me vive, me ressurge, ressurreição
Um nascer de Sol inusitado, endossas
Um aval desavisado e bem cronometrado
Vento sopra ligeiro, rasga frio e sorrateiro
Canta aos cantos da casa seus prantos
Um trago quente e no fogo uns tantos
Longe tempo, mais uma nova estação
Desamparo, inverno, Solstício e o chão.
Lord Brainron