HOMENAGEM A PABLO NERUDA
Aspero amor, violeta coronada de espinas,
matorral entre tantas pasiones erizado,
lanza de los dolores, corola de la cólera,
por qué caminos y cómo te dirigiste a mi alma?
(Pablo Neruda)
HOMENAGEM A PABLO NERUDA
(Mario Roberto Guimarães)
Abres a alma em passional lamento,
Pelo amor que nominaste um mal,
Ao colher-te a alma, de forma tal,
Que transformou-te a vida num tormento...
Bradas teu ódio a um sentir fatal,
Que ao te encontrar incauto, num momento,
Prendeu-te, com as amarras do vento,
Como um castigo eterno e sem igual...
Mas escapou-te ao tino a evidência
De que essa fonte de dor e amarguras,
Fosse o que fosse, sei que amor não era,
Já que do vero amor jamais se espera
Esse tornar-se um poço de agruras,
Que lance ao desespero uma existência.
Obrigado aos amigos que me honram com interações.
"Já não se encantarão os meus olhos nos teus olhos,
já não se adoçará junto a ti a minha dor.
Mas para onde vá levarei o teu olhar
e para onde caminhes levarás a minha dor."(Pablo Neruda)
(Sandra Ribeiro)
Confesso que vivi
Um romance sem ternura
Perfurou-me a alma
Me lançou na desventura.
Cicera Luisa Alves (Ciça Alves)
"Não acharás, amor,no poço em que cais
o que na altura guardo para ti:
um ramo de jasmins todo orvalhado,
um beijo mais profundo que esse abismo." (Pablo Neruda)
(Danusalmeida)
"Quando de novo vejo o mar
o mar me viu ou não me viu?
Por que me peguntaram as ondas
o mesmo que lhes perguntam?
E por que golpeiam a rocha
com tanto entusiasmo perdido?
Não se cansam de repetir
sua declaração à areia?" (Pablo Neruda)
(Ana Lago de Luz)
"Amor meu, ao fechar esta porta noturna.
Não sei quem vive ou morre, quem repousa ou desperta,
Mas é teu coração o que reparte
Em meu peito os dons da aurora."
(Maria do Carmo)
Tu eras também uma pequena folha
que tremia no meu peito.
O vento da vida pôs-te ali.
A princípio não te vi: não soube
que ias comigo,
até que as tuas raízes
atravessaram o meu peito,
se uniram aos fios do meu sangue,
falaram pela minha boca,
floresceram comigo. (Pablo Neruda)
(Luamor)
O não perceber uma folha seca
Que o vento da vida te pôs ali
A tremer em teu peito insensível
Sequer davas conta de sua presença
Sem tino algum tu não sabias
Que cheia de amor contigo ela ia!
(Marllene Borges Braga)
ESTE AMOR IMORTAL ENTRONIZADO
NO INFINITO RECÔNDITO DO MEU SER
DE ETERNIDADE FORA COROADO
PARA SER A RAZÃO DESTE VIVER!
(Paulinho Violanti)