BASTA UM OLHAR
Silêncios são deveras reveladores
qual clamores ecoando na ravina
são mutismos tão visíveis como cores
desenhando andarilhos na esquina
Evidentes, de palavras não precisam,
audíveis, trovejam à guisa de tambores,
lembram ondas do mar que ao vento deslizam,
jardins onde brotam inúmeras flores
Não é o relâmpago intenso grito da luz
esbravejando caluda seu brilho
sobrepujando tons celestes de azuis?
Pois assim também basta um simples olhar
que brada mais que o resfolegar do trilho
e muito além das palavras tem a revelar