FONTE DO MEU CARME

Dizes do doce encanto dos meus versos,

Essa magia que, sequer, eu vejo,

Mas que enuncias, sem temor ou pejo,

Como se foram leis, incontroversos;

Sabes que encantador é o teu beijo,

Esse poder de nos manter imersos

Num singular e próprio universo

E mágica, a chama do desejo

Que me provocas, ao tão só olhar-me,

A um só tempo, angelical, sedenta,

A mais perfeita imagem do prazer

Que já pudera, a mente, conceber

E que o teu corpo escultural ostenta,

Musa sem par, a fonte do meu carme.

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 18/06/2011
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