SEM TER ROTAS

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Dá-me, amor, tuas asas, tão libertas,

A conduzir-me ao teu mundo, perdido,

Pelos vôos de espirais, vias abertas,

Onde todo o amor seja vivido!...

Leva-me no palor, das nuvens frias,

Sim, por entre as borrascas mais escuras,

A chegarmos, enfim, em outros dias,

Repletos de alvoradas e ternuras!...

Sustenta-me! Levita-me, partindo!...

Voa pelas estrelas já luzindo

Até que nos percamos, sem ter rota...

E, lá pelo infinito, ah, sorrindo,

Nós dois, sim, meu amor, nos distraindo,

Pela forte querência que nos brota!...

Aarão Filho

São Luís-Ma, 05 de maio de 2011.

REPUBLICADO EM 17.06.2011

Aarão Filho
Enviado por Aarão Filho em 17/06/2011
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