Soneto etílico para Dona Saudade.

Ora, mas vejam só,

Se não é Dona Saudade...

De meu sofrer não tem dó,

E eu bêbado nas ruas da cidade...

Me ajuda, Dona Saudade,

A me livrar desse fardo...

Se não posso mudar a verdade,

Pelo menos tira dela esse gosto amargo.

E pra onde foi meu bem? Já nem sei,

Dona Saudade carregou pra longe,

E eu sozinho neste bar fiquei...

Sozinho? Sozinho talvez não,

Pois mesmo sem meu amor,

Meu copo sempre estará em minha mão.