DUBIEZ
Na madrugada a solidão se faz clausura
Quant'algidez na brisa atroz que me circunda
Reminiscências... Meu amor não mais fulgura
Est'alma chora em desespero tão fecunda
Minha esperança pouco a pouco se descora
Contudo, o cheiro do prazer em firme ronda
Deixa viver o roseiral que tive outrora
Inda permeia meu pensar, aqui me sonda
A pertinácia inconsequente um sonho gera
"Não sofra assim", diz a razão em reprimenda
O coração enamorado te venera
Como é custoso apaziguar essa contenda!
Dúbia torrente adoça a boca e me lancina
Como te quero, minha eterna pequenina...