† Insônia †

N'um sonho deleitar-me já não posso

Logo o câmbio pela sua vil mirada

Vem-me aquele vetusto sonho nosso

Na insânia ereto, ménage passada

Ó, má insônia apodrecedora d'alma

Cônjuge minha, eterna de ser há

Eis aqui o ser já morto por seu trauma

Putrefez sonhos, putrefá-me-á?

O já olvidado eu do que nada resta

Jaz retornado ao pó na triste festa

Nesta orgia da solidão à eternidade

Pudera já morrer e o céu herdar

A com m'amante insônia baptizar

Nossos filhos no mel da insanidade

Kokoro
Enviado por Kokoro em 16/06/2011
Código do texto: T3037923