O Último Cometa

O vento sorrateiro sopra as cálidas ruas

Ante as antes distantes mulheres nuas

Confundindo fatal, todo o ciclo lunar

Enluarando o meio-dia de algum lugar

Cedendo sedento aos caprichos do bicho Homem

Vem varrer a vastidão virulenta das vertentes que somem

Nos horizontes poluídos das cidades do futuro

Vento, ar em movimento, arem do momento não-puro

Cabe a ti, sulcar os restos do principio inteligente

Oh vento justo vendo justo e varrendo o busto das indigentes!

Que culpa tens de tua impiedade algoz igualar-se à dos humanos?

Se meramente és escravo dos resultados dos planos

Que tal raça inerte plantou no seio de teu planeta,

Por fim constituiremos a calda flamejante de teu derradeiro cometa!

Alex Fernando
Enviado por Alex Fernando em 15/06/2011
Reeditado em 15/06/2011
Código do texto: T3037492
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