O Último Cometa
O vento sorrateiro sopra as cálidas ruas
Ante as antes distantes mulheres nuas
Confundindo fatal, todo o ciclo lunar
Enluarando o meio-dia de algum lugar
Cedendo sedento aos caprichos do bicho Homem
Vem varrer a vastidão virulenta das vertentes que somem
Nos horizontes poluídos das cidades do futuro
Vento, ar em movimento, arem do momento não-puro
Cabe a ti, sulcar os restos do principio inteligente
Oh vento justo vendo justo e varrendo o busto das indigentes!
Que culpa tens de tua impiedade algoz igualar-se à dos humanos?
Se meramente és escravo dos resultados dos planos
Que tal raça inerte plantou no seio de teu planeta,
Por fim constituiremos a calda flamejante de teu derradeiro cometa!