ISOLADO
Chamaram-me e eu nem ouvir
Estava ocupado vasculhando o meu umbigo
Arrumando o armário do passado
Escondido fugindo do iminente perigo
Acho até que ouvi soar meu nome
Mas fingi que não era comigo
Fechei bem a porta do quarto
Engoli a chave e mantive-me no abrigo
Hoje não sei bem o que houve lá fora
Clamor e gritos antes da diáspora?
Lamentos agônicos ante o inevitável fim?
Ou seria o êxtase dos anjos caídos?
A epifania dos sonhos perdidos?
Vi-me no vazio aqui, dentro de mim