Кобна убавина
“Tão bela! E tão perdida! Albor de estrela
Em lagoa corrupta –
Na face um anjo, n’alma lodo – a um tempo
Sílfide e prostituta!”
(ÁLVARES DE AZEVEDO)
Qual uma rosa, por vermes contaminada,
Que começa a lentamente apodrecer
E, pouco a pouco, as pétalas a fenecer,
É essa tua beleza, tão degenerada.
Uma bacante de furor embriagada
Que passa seus dias no leito a volver,
Esperando a qualquer homem abater –
E ainda assim tem os encantos de uma fada!
Um néscio é aquele que pretenderia
Tua verdadeira natureza desvendar –
Se és uma ninfa ou uma reles vadia.
Mas admito que não ia me importar
Se em meio à tua elegante imundícia
Minha mocidade viesse a manchar…