ROSÁRIO DE QUIMERAS
"E as contas do rosário assim quebrado
Caíram como folhas de uma rosa."
Auta de Souza
Os fios tênues de ilusões vividas
se arrebentaram nas quimeras débeis
de um ser em pânico ante fés doridas.
As frustrações purpúreas jorram flébeis!
Oh! Sonhos verdes, minhas ledas vidas,
por que não vêm tornar meus campos férteis?
Por que mataram-me as quimeras tidas?
E as ilusões queimando n'alma, estéreis!
Quisera achar sequer uma continha
do meu rosário bento de quimeras
quando não eram foscas, soltas, feias.
Mas as perdi no tosco tempo em linha
toda ondeante, em tolas, vãs esperas
por ter os sonhos meus pulsando às veias.