MEUS RASTROS
Nas manhãs, ao descerrar o manto das brumas,
E milhões de sóis estrelarem sobre as ondas,
Verás meus passos contornando as espumas,
Das minhas madrugadas em fugazes rondas.
Talvez possas imaginar pra aonde vão,
Se, de solidão, de insônia ou vão por nada,
E à mesma causa me seguires com razão,
Ou curiosa de andar à mesma estrada...
Não vás seguir com a esperança de quimera,
É minha sina caminhar por fuga mera
E marcar passos sobre areias movediças.
Quiçá num porto em horizonte bem distante,
Fim da ilusão e nenhum passo mais adiante
Remontarás as minhas juras quebradiças.