"" INVEJA ""

A serenidada da vida estampada em seu leito de morte,

Quanta sorte, quanta despreocupação e calma em seu rosto,

Nada lhe tira essa marca de dever cumprido,

Seu rosto, sem expressão, é pura contentação.

No seu leito de morte, coberto de flores

Nenhum resentimento, mágoa, dores e amores,

Isto só restou a nós vivos: choros, dores e horrores,

Horrores de enfrentar um novo dia de agonia.

A ti a lápide espera e só os vivos o coração dilacera,

Vais tranquilo, como deveria ser a vida,

A tranquilidade que só adquire com a morte.

Que sorte, que sorte amigo, preciso ser forte,

A morte ainda não me presentou com o fim,

Que inveja de ti amigo, que a vida acabou enfim.

BardoMineiro
Enviado por BardoMineiro em 14/06/2011
Reeditado em 14/06/2011
Código do texto: T3033805
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