O EREMITA

Após tudo acabar, vi-te ir embora,

nem um sorriso, nem um abraço... Quanta frieza!

Acompanhei teus passos pela estrada afora,

tentando esconder em vão minha tristeza.

Os olhos marejados de tanta agonia,

anunciavam aflitos a solidão por vir,

enquanto os teus envoltos em euforia,

esperavam afoitos o instante de partir.

O vazio na cama , tua ausência na rede,

o apagar da chama, a foto na parede,

e tudo mais que ficou na lembrança.

O silêncio que trava o meu olhar na porta,

buscando resquícios da esperança morta,

e aborta a saudade até onde a vista alcança.

Saulo Campos

Itabira MG

Saulo Campos
Enviado por Saulo Campos em 13/06/2011
Reeditado em 14/06/2011
Código do texto: T3031356
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