SUFOCAÇÃO
Esses meus pálidos caminhos ermos,
de escuridões, crateras, rumos tortos,
de sepultados frágeis sonhos mortos,
das agonias desses dons enfermos...
Esses trajetos cegos dos meus termos,
minha erva brava cultivada em hortos
inférteis, secos dos meus desconfortos
e o “termos” sempre sufocando o “sermos”...
As surras brutas do destino, as sanhas
que sangram fartas em lesões tamanhas
abafam meus bramidos de vergonha.
Minha metade em fogo, em brasa e lenha...
Outra metade presa em densa brenha...
E a vida me assombrando assim, medonha!