EM MEIO AO SERTÃO

É noite calada em meio ao sertão

De dia o calor açoita o peão

De noite é frio nessa imensidão

A tristeza do choque quebra o coração.

Num mar de estrelas afoga solidão

O fogo ateia esquenta o varão

Apeia o jumento toca o violão

poesias vagueiam em meio ao torrão.

De solo rachado pobreza do cão

verseja cordéis entra em comunhão

com Deus lá no céu, sem chuva no chão.

O gado que seca sem ter sua ração

crianças que brincam com a foiçe na mão

do olho seca meu choro em meio ao sertão.

Cristiano Leandro
Enviado por Cristiano Leandro em 11/06/2011
Código do texto: T3028739
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