ENQUANTO HOUVER SONHOS

Uma gaivota arisca, risca o céu, dança,
Como se fosse uma cândida bailarina,
Acendem, movem-me inquietas esperanças,
Minh’alma se encanta, brinca como menina.

Contemplo o dia, as tonalidades do firmamento,
Ludicamente sinto a leveza me envolver,
Magia que as curvas dos meus olhos nevoentos,
Há muito tempo não desfrutavam o prazer.

Caminho... suspiro, nesse retiro a beira mar,
Deixo o azul infinito me conduzir,
Retomo as rédeas da vida; volto a sonhar...

Com dias melhores, um novo amor - aprendo;
Enquanto houver sonhos, a alma há de sorrir,
E a essa grande possibilidade eu me rendo.