Qual a taça?
Em que taça de cristal te escondestes,
Doce vinho dos meus tempos idos?...
Quantos amores ainda nele contidos!
No vermelho sangue que efervescestes.
Olho te encantado, em meu ato falho...
Pois quanto mais o nosso tempo passa,
Parece que estás em barris de carvalho!
E ainda mais desejo encontrar a taça...
Correm em minha mente os viris desejos,
Como a sussurrar em voz de passarinho,
Feliz me saltam as pupilas em teus gracejos.
E me corre forte às veias, o desejar o vinho!
Para desta visão de amor platônico infinito,
Nunca me libertar, nem com espada ou grito.