Vindo de Dentro
O que me nasce dentro, morre fora...
Embora o beijo doce me pregue amor,
A cor dos olhos de outrora é de agora!
Ancora a calma branda do alvor...
O que me morre fora, nasce dentro,
Por mil portentos a boca fala,
A boca ama o gosto do coentro,
É de vento, em vento que o amor oscila...
Quantas filhas, quantas cismas,
Quantas e quantas vezes eu chorei
Atravessado com as almas juntas?
Untadas lágrimas de sabor sereno,
Brotos de frutos do grande rei...
Profetizarei: o amor não será acetileno!