HOMENAGEM A OLAVO BILAC

Ora (direis) ouvir estrelas! Certo

Perdeste o senso!" E eu vos direi, no entanto,

Que, para ouvi-las, muita vez desperto

E abro as janelas, pálido de espanto...

(Olavo Bilac)

HOMENAGEM A OLAVO BILAC

(Mario Roberto Guimarães)

Há quem te julgue doido ou insensato,

Por ter o ouvir estrelas confessado

E, ante dito tão inusitado,

Não há quem considere, tal, um fato...

Poeta, tens o pensamento alado,

Confundem-se a audição e o tato,

Como também o paladar e olfato -

Viajas por um mundo encantado...

Mas sempre olvidaste quem reclama,

Ao vate, a vacilante lucidez,

Em tom, até, de clara zombaria...

Mas o que sabem, tais, de poesia?

Nem mesmo logram perceber, talvez,

A lucidez insana de quem ama.

Obrigado aos amigos que me honram com interações.

INSANA LUCIDEZ DE UM POETA ALADO

Abro a janela vejo as estrelas, seus olhos a piscar

Posso ouvi-las , sorridentes gritando meu nome

Min'alma alada num vôo ligeiro, sem mais esperar

Chego ao céu ? elas me abraçam, me beijam dizendo:

Nós te amamos, belo Poeta, longe de ti como ficar?

Pois que tu és nossa motivação de viver e de Amar!

Não resistes ao encanto de nossa voz, qual Ulisses

Alado tu vens com insana lucidez e muita sede de Amar!

(Marllene Borges Braga)

Mario Roberto Guimarães
Enviado por Mario Roberto Guimarães em 09/06/2011
Reeditado em 09/06/2011
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