MÃE
(A minha mãe - in memoriam)
Minha mãe és a flor mais formosa e pura
Dentre todas que o jardim enfeita
O brilho do teu amor é cheio de candura
Quando nos olhos dos teus filhos... Deita.
Não há carinho maior tampouco mais ternura
Quando teu colo pede o filho... E mesmo afeita
Aos teus afazeres deixas para fazer uma mesura
A ensinar a não trilhar os caminhos que ora rejeita.
Há muito tempo, teus cabelos já pratearam...
E as cicatrizes, que os anos no peito deixaram...
Esquece-as ao ver tua filha chegar ansiosa.
Exalas teu perfume de amor envolvente no ar
Quando abraças tão aconchegante, tão carinhosa...
Teus filhos, nos raros momentos em que vão te visitar.
Ananindeua. 26/4/08 – 13h40.
Obra: Voo Noturno