Amar-te era o meu desejo
Por que me fizeste o encontro
Com a minha paixão a amargurá-la
Se o meu desejo era só amá-la
Para amá-la estava sempre pronto
Mas que vida estranha que me fez sofrer
Porque a quem amo não posso nem ver
Como desse amor fizera crer
Que dessa aflição deixá-la entender
Minh’alma agoniza, fenece aos poucos
O eco responde os meus ocultos soluços
No mundo entender-me seriam tão poucos
Que como eu me chamaria de louco
Vivemos de encontros e desencontros
Base insólita de meras conquistas
Mas no fundo somos meros artistas.