Aprendiz
Era jovem e de nada eu sabia
Da vida, do mundo, nem de tudo enfim
Julgava que o destino sempre me sorriria
Que possuía seu controle aqui, dentro de mim
O tempo passou e aos poucos fui aprendendo
Que a vida não era exatamente assim
Que o mundo estava longe de ser só meu
Que nada era bom, mas nem tudo era ruim
E é neste enigma onde eu vivo agora
Onde entrevejo o pouco que aprendi
Que sou hoje quase como era outrora
Percebo tarde que é chegada a hora
De reconhecer que ainda não sou ninguém
E de nada ser antes de ir-me embora