MANTO DE ESTRELAS
As estrelas formam o suave manto,
o qual cobre à noite do meu viver.
Estou aqui nostálgico a perceber
o vento, que me traz um doce canto.
Escuto as ondas marulhar, se tanto.
Nos umbrais do sonho vou fenecer,
despojado de todo o meu prazer.
Cobre a minha vaidade o desencanto.
Houve tempo que fui bem atrevido.
Enfrentava a luta com valentia,
sem pensar muito, se tinha sentido.
Hoje não tenho a mesma serventia.
A idade pesa em meu corpo dorido.
E o que um dia foi brio, hoje é agonia.