FOGO FÁTUO ( soneto)
Na abissal morada de seus segredos
Esconde em meio imortal, os medos
No enleio entre o ardor e a insensatez
Redunda a certeza de um talvez.
No deflagrar do êxtase que ecoa
Solitário, o sentimento voa
Reluta no vazio desse corpo cheio
De dúvidas calar o peito veio.
O flamejar do silencio, fogo fátuo
Um ser efêmero, mortal, ufano
Entende-se assim, desiderato
Profundamente dado a outros planos
Nega-se a entrega e ao contato
Mentindo, é um deus mas quase humano.
(Irene Cristina dos Santos Costa – Nina Costa, 05/06/2011)