Soneto do Amor
Me debato em agonia
Só então é que percebo
Que entre gritos e fantasias
Posso ainda achar sossego
Mergulho então na sinfonia
Do estalar dos nossos beijos
Me entrego sem melancolia
Ao farfalhar dos nossos seios
Fecho os olhos e me vejo
Deleitar-me no desejo
Em uma torpe alegria
E enquanto te ansejo
Vejo esvair o desejo
Na mais cruel alegria