QUÊ?
Não sei dos meus sentidos, meus porquês...
Em tantas curvas, perco o que me apraz...
Que me faísca em brilhos d'alma, assaz?
Eu equilibro o dócil descortês...
Desvanecida, à vida, vaga a vez
de meus conceitos, feitos, eu loquaz!
Mas combalido, quedo-me incapaz...
Eu pó perante os puros da altivez...
Jamais entenderei o quê feroz
da tal necessidade, bruta algoz,
de ter, delineados, meus sinais...
Por que é que para ser um ser feliz,
preciso ser bem firme, ser raiz?
Ah, meus porquês não têm pontos finais