À DERIVA NO MAR DO AMOR
Fagner Roberto Sitta da Silva
Lembrança que surgiu como um navio
que aponta no horizonte, no passado
suas velas traziam delicado
vento do amor, e não este vazio.
Eram as velas de um belo abril
só de descobrimentos, que enterrado
na memória ficou, petrificado
e exposto numa praia ao vento frio.
Se o que tivemos foi ledo engano
por quê vejo surgir neste oceano
este navio de um antigo amar?
Mas, se tudo fosse diferente, aquele
navio singraria em nossa pele
juntando nossas águas num só mar...
Garça (SP), 4 de junho de 2011.