MENINO ANTIGO III
Fagner Roberto Sitta da Silva
Eu não tinha este olhar sem esperança
nem o silêncio que o deixou turvado
nem este rosto triste, o olhar cansado,
eu tinha o rosto de feliz criança!
Mas queria saber onde descansa
ou onde que ficou aprisionado
o pequenino que acabou lançado
nalgum esconderijo da lembrança.
E que levou consigo às brincadeiras,
bolas de gude e pássaros no fundo
dos bolsos cheios só com pura infância.
Mas deixou para sempre as verdadeiras
mitologias minhas, todo um mundo,
num alçapão suspenso na distância...
Garça (SP), 2 de junho de 2011.