Espelho Sem Aço!
O sonho lacônico sorri entre os dentes
A face disfarça a desilusão presente
Os olhos mentem a saudade que sente
E o brilho que trazem é marejo indolente.
A alma posa nua no frenesi indiferente
E o espelho da vida não pode refletir
Embaçado, contempla a dor transparente
E a nudez golpea o entorpecido existir.
A ausência faz silêncio, desfila a solidão
Os passos equilibram nos pontiagudos saltos
Onde o coração é dublê nos atos arriscados.
Da platéia vazia não se ouvem os aplausos
Desfile mal sucedido, completo fracasso
O importante glamour é coisa do passado.
Luzia Ditzz
Campinas, 01 de junho de 2011.