Surradas.

Olhei pela janela e vi as nuvens passando...

Mentalizei o pretérito rico em fatos lúcidos, ainda.

Como frescor cálido, naquela manhã de outono.

Olhei com incipiência para tudo à minha volta...

O valor das alamedas e jardins no exterior...

Valiam muito mais para mim...Chorei de saudade...

Das tenras idades, que tornaram-se bruma sim!

Continuei procurando dentro daquele quarto interior...

...O aroma da flor da juventude que se foi...

Fecundei-me com a razão, e dei um pulo pro chão...

Andei visceralmente até o segundo andar: Rosnei...

...Como rosnam os lobos e cães; depois vi as duas...

Botas de frio; surradas, no canto da área, chorei...

Agora um choro de guerra: Irei calçá-las e sairei...

Valéria Guerra
Enviado por Valéria Guerra em 31/05/2011
Código do texto: T3004932
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