LABIRINTO DAS ALMAS
De que vale toda poeira do mundo
Para te acobertar a face disforme?
Se teu ser em silêncio profundo
Inda palpita na campa onde dorme?
No infindável labirinto, perpetuações...
Vomitando ideologismos nessa terra...
O ser se perde em vãs contemplações
Se aniquila, se consome e se enterra...
Resvalando-se nas frestas do infinito;
Calando doloroso, o inaudível grito...
Almas se desgastam e se encolhem...
Anjos leves e suaves se entremeiam,
Densidades se aclaram, se incendeiam
Os escuros se afastam e se recolhem.