Soneto à um Fim
Certa vez ela me disse, - sinto-me sozinha-
Gosto da sua presença, mas não posso
Fazer do que é só meu, algo nosso
Não posso andar, por onde você caminha
Olhei em seus olhos tão cansados
E enxuguei a água que vertia
Mesmo chorando, ela sorria
Sem querer, pelos lábios apertados
Estava perdido nos braços dela
Me perguntando como faria
Quando ela saísse e apagasse a vela
Me perguntei como seria
Quando eu olhasse pela janela
Ela sumir, na noite que morria