MISTÉRIO
Por que me sinto assim, tão desiludido,
Se de tudo me foi dado nesta vida?
Pelo mal –penso- jamais quedei vencido,
Pois sempre tive do bem toda a guarida...
De muito amor a m!alma é guarnecida
E reina a paz no meu peito agradecido...
Tenho a fé - raciocinada - na medida,
E sou poeta, este dom imerecido...
Que mistério, então, me põe em nostalgia
A cantar (assim) tão triste poesia,
Nesta dor que o coração me desarvora?
É que o vulcão que em meu peito andava em calma,
Rompeu-se em fogo no amor que estava n!alma ,
Reacendendo a paixão que eu vivo agora!
Midi: Sombras