Soneto n.206
E cresce-me solidão sem igual,
uma coisa informe, sem rumo,
feito a fumaça de denso fumo
dominando todo campo astral.
É uma angústia muito visceral
e a ela eu quase me acostumo.
Minhas noites escuras assumo:
u'a prisão com grade de cristal.
Por sobre meus medos e assombros,
pesa-me a saudade sobre os ombros,
a gerar o silêncio que me toca fundo.
Na penumbra, meu sonho é a senha,
pois coleia ... ondeia ... se embrenha,
e faz pousada eterna no meu mundo!
Silvia Regina Costa Lima
9 de maio de 2011