Não Lamente...
Nunca vi uma folha que caia sequer
Sentir pena do que lhe aconteceu
Nunca vi um pássaro que ao chão se perdeu
Sentir pena do destino que se requer
Nunca vi uma serpente lamentar
Pela picada que ela mesma deu
Nunca vi uma árvore ao vento chorar
Pela raiz que se lhe rompeu
Por que choraria pelo simples fato
De não ter encontrado a “alma gêmea”
E viveria sofrendo absoluto, calado?
Pois nunca vi o ódio ser razão de suspiros
Nem tão pouco a agonia servir-me de abrigo
Sentirei sim, disso tudo, um grande alívio