NUMA NOITE DE LUAR
Surge a lua. A tarde, fresca e calma.
E a luz volvente no tapete, acesa,
Da imensidão do mar – Dentro em minha alma,
A solidão – E os sonhos de amor presos...
E como um cisne a voar no espaço
A lua alvissareira - Vai subindo,
E do alpendre da casa a vejo, infinda,
A meditar. A sós aqui me faço...
Ao voo do luar na abóbada celeste,
Minha alma - Vou com a lua no infinito...
O sereno molha as flores. No cipreste
A brisa – No silêncio, a dor...
E outra vez procuro, ali no leste,
O luar cortando os céus como um condor..