LAIVOS DE SAUDADE
Em que mares de tristeza deságua
Toda mágoa que em minha’lma serpenteia?
Onde toda correnteza de mágoa
Que me escorre febrilmente na veia?
Toda lágrima tornou-se quente e febril
Quando fugistes de meu ser alquebrado
E uma erosão de angústia e dores se abriu
Quando por terra nosso amor foi quebrado.
Agora o nada, o silêncio, o deserto...
De quem não tem o ser amado por perto...
Tudo negro, obscuro como a noite!
A lançar pelos céus olhares tristes
Feito laços de ternura que partistes
Feito laivos de saudade em açoite.