PENSO EM VOCÊ
Odir, de passagem
Estranha abstração de paz me invade
nessa noite de chuva assim chorosa.
Penso em você, razão de verso e prosa,
presente na presença da saudade.
Estranha sensação de ser metade,
de ser sem face em fase imaginosa,
de viver-lhe a visão voluptuosa,
num misto de ilusão e de verdade.
Um raso riso a minha face exorta.
Talvez seja você quem se revela
no som da rua, no bater da porta.
A alegria a boca me modela.
Mesmo você não sendo, me conforta
o pássaro que canta na janela.
Pois sua ausência ao tempo se revela:
o dia já vem vindo, a noite é morta...
JPessoa/PB
27.05.2011
Odir, de passagem
Estranha abstração de paz me invade
nessa noite de chuva assim chorosa.
Penso em você, razão de verso e prosa,
presente na presença da saudade.
Estranha sensação de ser metade,
de ser sem face em fase imaginosa,
de viver-lhe a visão voluptuosa,
num misto de ilusão e de verdade.
Um raso riso a minha face exorta.
Talvez seja você quem se revela
no som da rua, no bater da porta.
A alegria a boca me modela.
Mesmo você não sendo, me conforta
o pássaro que canta na janela.
Pois sua ausência ao tempo se revela:
o dia já vem vindo, a noite é morta...
JPessoa/PB
27.05.2011