SONETO FEITO SÓ COM DÚVIDAS
Fagner Roberto Sitta da Silva
Não sei de onde surgiu o sentimento,
o que brotou no peito de repente,
que se pôs a cantar de tão contente
e foi crescendo todo belo e lento.
Não sei com quantos sonhos o momento
foi feito e se manteve altivo e quente,
a brilhar como chama, luz ardente.
Não sei o que mantém vivo esse invento.
Não sei de onde é que veio, ou o que traz
e o que fez dele puro e tão voraz
quando me capturou em pleno dia.
Eu não sei do que é feita a sua essência,
mas só sei que lancei minha existência
na engrenagem da grande fantasia...
Garça (SP), 24 de março de 2005.
PS: Não sei se este soneto agrada. Acabei relendo ele hoje e, depois de mais de seis anos com ele guardado, resolvi revisá-lo.